Post by ShadowGirl on Jan 14, 2006 7:49:53 GMT -5
[glow=orange,2,300]Porque, mesmo com atraso, é bom manter os grandes momentos registados... [/glow]
[shadow=orange,left,300][glow=orange,2,300]Multidão louca para ver os D'ZRT por Ana Dias Ferreira [/glow][/shadow]
[shadow=orange,left,300]Energia. Os D'ZRT cantaram, saltaram e dançaram sem parar para uma multidão infantil/juvenil frenética[/shadow]
Há os que são completamente fanáticos, os que se consideram "razoáveis", os que ainda nem andam na primária mas já sabem as letras de trás para a frente. De cartazes em riste, algumas T-shirts com a banda estampada, aqui e ali uma crista como a do ídolo, os fãs dos D'ZRT encheram o Coliseu dos Recreios, em Lisboa, no domingo à noite, para ver a banda que é a sensação do momento entre os mais jovens.
Três horas antes das portas abrirem, a fila já se começa a compor. Quanto mais se aproxima o concerto, mais constantes e altos são os gritos. Os turistas querem saber a razão da enchente. Um senhor mais distraído pergunta o que se passa, e à resposta - "são os D'ZRT" - contrapõe "O que é isso?" Uma família remedeia-se com um jantar improvisado, em pé, na fila, para não perder o lugar. Alguns pais têm dificuldade em segurar os filhos, sobretudo quando se começa a fazer a entrada e dispara a correria. Com 5, 6, 10, 13 anos, para muitos é o primeiro concerto de sempre.
Outros não. Dedicam-se de alma e coração à banda dos Morangos com Açúcar, que chegou e escalou o top de vendas nacional, com mais de 100 mil discos vendidos. É o caso de Inês Santos, de Coimbra, que passou o verão a acompanhar a digressão dos D'ZRT pelo país fora. No currículo já tem 14 concertos, cujas memórias guarda num caderno que quase não consegue fechar. A devoção, essa tem-na marcada na barriga da perna direita, onde fez uma tatuagem igual à do Vítor (O Zé Milho da novela Morangos com Açúcar, e um dos quatro membros da banda). No seu jeito vivaço e despachado, conta com orgulho como já ficou sem dinheiro para comer nem sítio para dormir por ter decidido ir ver mais um concerto à última da hora, a Viseu. E confessa porque é que a mãe aceita estas andanças "Ela sabe que isto me faz feliz."
Inês faz parte do clube de fãs, em peso à porta do Coliseu desde as 8.00 da manhã. Têm idades entre os 15 e os 22 anos, e no momento de dizer porque é que gostam dos D'ZRT, atropelam-se, contam quantos concertos já viram, que já falaram com os membros do grupo, que estão sempre na fila da frente e como têm um site onde mantêm os outros admiradores a par de tudo. Por ali, reclamam-se vários títulos de fã número um.
Os mais novos são menos efusivos. Gostam "de tudo" nos D'ZRT, têm o CD, sabem as letras, ouvem também Da Weasel, Boss AC e Avril Lavigne. Os pais deram-lhes esta alegria de ver o grupo dos Morangos com Açúcar ao vivo, e eles querem aparecer no DVD, que vai ser gravado durante o concerto. Muitos são tão novos que entram acompanhados pela família, outros vão só com os amigos. Momentos antes das portas abrirem ouvem-se as recomendações dos pais que optam por ficar à entrada e passam no final do concerto a buscar os filhos.
Lá dentro, a sala está praticamente cheia, parece o Coliseu em noite de recepção de grandes nomes internacionais. Mas este espectáculo é diferente. Há público com pouco mais de um metro, que tem de se empoleirar para conseguir ver a banda no palco, e as luzes não se apagam, não vá algum progenitor distrair-se e perder de vista a criançada. Grita-se D'ZRT em vozes estridentes, maioritariamente femininas e infantis. Aos acordes de Para Mim Tanto Faz, o single que teve honras de repetição, todos cantam e saltam, pais incluídos.
Quem optou por ficar à porta justifica a enchente com o sucesso da novela. "Para muitos miúdos é o primeiro concerto da vida deles. E se calhar muitos não vão ver os D'ZRT outra vez, porque não se sabe quanto tempo este fenómeno vai durar", desabafa Manuel Silva, depois de ver os filhos desaparecer para dentro do Coliseu.
[shadow=orange,left,300][glow=orange,2,300]Multidão louca para ver os D'ZRT por Ana Dias Ferreira [/glow][/shadow]
[shadow=orange,left,300]Energia. Os D'ZRT cantaram, saltaram e dançaram sem parar para uma multidão infantil/juvenil frenética[/shadow]
Há os que são completamente fanáticos, os que se consideram "razoáveis", os que ainda nem andam na primária mas já sabem as letras de trás para a frente. De cartazes em riste, algumas T-shirts com a banda estampada, aqui e ali uma crista como a do ídolo, os fãs dos D'ZRT encheram o Coliseu dos Recreios, em Lisboa, no domingo à noite, para ver a banda que é a sensação do momento entre os mais jovens.
Três horas antes das portas abrirem, a fila já se começa a compor. Quanto mais se aproxima o concerto, mais constantes e altos são os gritos. Os turistas querem saber a razão da enchente. Um senhor mais distraído pergunta o que se passa, e à resposta - "são os D'ZRT" - contrapõe "O que é isso?" Uma família remedeia-se com um jantar improvisado, em pé, na fila, para não perder o lugar. Alguns pais têm dificuldade em segurar os filhos, sobretudo quando se começa a fazer a entrada e dispara a correria. Com 5, 6, 10, 13 anos, para muitos é o primeiro concerto de sempre.
Outros não. Dedicam-se de alma e coração à banda dos Morangos com Açúcar, que chegou e escalou o top de vendas nacional, com mais de 100 mil discos vendidos. É o caso de Inês Santos, de Coimbra, que passou o verão a acompanhar a digressão dos D'ZRT pelo país fora. No currículo já tem 14 concertos, cujas memórias guarda num caderno que quase não consegue fechar. A devoção, essa tem-na marcada na barriga da perna direita, onde fez uma tatuagem igual à do Vítor (O Zé Milho da novela Morangos com Açúcar, e um dos quatro membros da banda). No seu jeito vivaço e despachado, conta com orgulho como já ficou sem dinheiro para comer nem sítio para dormir por ter decidido ir ver mais um concerto à última da hora, a Viseu. E confessa porque é que a mãe aceita estas andanças "Ela sabe que isto me faz feliz."
Inês faz parte do clube de fãs, em peso à porta do Coliseu desde as 8.00 da manhã. Têm idades entre os 15 e os 22 anos, e no momento de dizer porque é que gostam dos D'ZRT, atropelam-se, contam quantos concertos já viram, que já falaram com os membros do grupo, que estão sempre na fila da frente e como têm um site onde mantêm os outros admiradores a par de tudo. Por ali, reclamam-se vários títulos de fã número um.
Os mais novos são menos efusivos. Gostam "de tudo" nos D'ZRT, têm o CD, sabem as letras, ouvem também Da Weasel, Boss AC e Avril Lavigne. Os pais deram-lhes esta alegria de ver o grupo dos Morangos com Açúcar ao vivo, e eles querem aparecer no DVD, que vai ser gravado durante o concerto. Muitos são tão novos que entram acompanhados pela família, outros vão só com os amigos. Momentos antes das portas abrirem ouvem-se as recomendações dos pais que optam por ficar à entrada e passam no final do concerto a buscar os filhos.
Lá dentro, a sala está praticamente cheia, parece o Coliseu em noite de recepção de grandes nomes internacionais. Mas este espectáculo é diferente. Há público com pouco mais de um metro, que tem de se empoleirar para conseguir ver a banda no palco, e as luzes não se apagam, não vá algum progenitor distrair-se e perder de vista a criançada. Grita-se D'ZRT em vozes estridentes, maioritariamente femininas e infantis. Aos acordes de Para Mim Tanto Faz, o single que teve honras de repetição, todos cantam e saltam, pais incluídos.
Quem optou por ficar à porta justifica a enchente com o sucesso da novela. "Para muitos miúdos é o primeiro concerto da vida deles. E se calhar muitos não vão ver os D'ZRT outra vez, porque não se sabe quanto tempo este fenómeno vai durar", desabafa Manuel Silva, depois de ver os filhos desaparecer para dentro do Coliseu.